quinta-feira, 27 de março de 2008

O que é bom dura pouco?

O velho ditado popular O que é bom dura pouco vale para várias situações cotidianas de nossa vida - exemplos são vários e não irei me aprofundar - menos para a programação da nossa querida Televisão.
Alguns programas que fazem sucesso e que são realmente bons, se é que podem assim ser classificados, permanecem na grade das emissoras por um bom tempo, não só no Brasil como em todo o mundo.

Analisando as emissoras brasileiras, não podemos esquecer da massante repetição do programa mexicano Chaves na SBT, do magnata Silvio Santos. Desde a década de 1980 o seriado tem lugar cativo na telinha dos brasileiros, isso mesmo, desde a década de 1980! Quando eu ainda pensava em nascer... Enfim, lá se vão mais de 20 anos. Mais de duas décadas de sucesso que já abrangeu várias gerações de nosso país.
A Rede Globo busca sempre inovar, não há uma repetição de um mesmo programa, mas a fórmula do sucesso se repete sem o telespectador perceber. Os sucessos são os mesmos, entra ano e sai ano. Cito Malhação como um exemplo. Desde 1995 o seriado teen está no ar e a cada ano os atores e as tramas são diferentes, mas seguindo sempre um mesmo molde.


Chaves continua sendo uma das atrações de maior audiência da SBT.

Fora do país a situação se repete. Nos Estados Unidos a repetição de séries é comum nas programações de seus principais canais, e como a TV a cabo brasileira basicamente reflete a programação de lá, aqui ocorre o mesmo.
E ninguém se cansa, por exemplo, de assistir todos os dias um dos maiores sucessos da TV americana, o Sitcom Friends. A série teve seu fim decretado em 2004, após 10 temporadas com audiências exorbitantes. Mas as reprises continuam. Aqui no Brasil a encarregada dos direitos de transmissão da série, a Warner Channel, transmite dois episódios por dia. É o carro chefe do canal.


Friends não pára de fazer sucesso.

Nem sempre isso é bom para o telespectador, há os fãs e há os que querem novidades. Mas se esses programas citados acima continuam sendo exibidos por anos e anos, significa que o que é bom definitivamente não dura pouco na TV! Pelo menos é o que acham as emissoras...

Por Leandro Nossa

sábado, 22 de março de 2008

É preciso inventar de novo o Futebol

O futebol, especialmente o brasileiro, sofreu muitas modificações nos últimos tempos. Quando vimos VT's ou escutamos histórias de nossos parentes mais velhos sobre as partidas das décadas de 60 a 80, entramos em estado utópico e lamentamos, de certa forma, não termos presenciado tais mágicos momentos. Antigamente, várias pessoas pagavam ingresso para ver um show, literalmente. Garrincha, Pelé, Zico, Falcão; sempre tinha uma estrela, um protagonista que embelezava a festa que era o futebol. Que era sim. Hoje, vários fatores mancham cada vez mais uma história construída por dribles desconsertantes, gols antológicos e tabelas de encher os olhos! Torcida organizada em que seu sucesso equivale a sua fama de brigadora. Corrupção entre os manda-chuvas do futebol, que resulta em torneios mal organizados (vide Campeonato Carioca 2008), insegurança para torcedores/jogadores e prejudicam demasiadamente os seus respectivos clubes. Não é só fora de campo que as coisas mudaram... Hoje se um jogador tem maior nível técnico, é mais habilidoso, se tentar uma jogada ousada, já é xingado pelos adversários e pontapeado toda hora. E cada vez mais esses jogadores, que há tempos atrás eram as grandes estrelas do jogo, vão sumindo e dando espaço para um futebol sujo, indigno e retranqueiro. Até nas comemorações o futebol sofreu uma mutação. Não existe mais aquelas comemorações que nos arrepiavam como os dois braços erguidos de Zico, o punho levantado de Reinaldo, os saltos de Pelé, o bebê de Bebeto... Toda essa magia deu lugar a movimentos vulgares e ridículos, dignos de um país subdesenvolvido e nenhum pouco civilizado. Dança do créu? Onde já se viu jogador comemorar um gol, fazendo alegria de milhões de pessoas dançando essa música? Ah, no Brasil! É de entristecer.

E se Vinicius de Moraes disse: "É preciso inventar de novo o amor"; eu afirmo com toda clareza: "É preciso reinventar o futebol".

Abraços.
Por Arthur Cicupira.

sexta-feira, 21 de março de 2008

O tempo passa, o tempo voa. E o BBB continua numa boa...

Em 2001, a maior emissora de televisão do nosso país, a Rede Globo é claro, dava início à um sucesso incontestável de audiência, o Big Brother Brasil. Programa idealizado por holandeses que antes de chegar ao Brasil, obviamente já tinha percorrido o mundo. Sucesso por onde passou, inclusive nos Estados Unidos, o Big Brother chega ao nosso querido país.

Com um prêmio inicial de 500 mil reais para o vencedor, que no caso seria a pessoa que ficasse mais tempo confinado numa casa. Será que é tão difícil assim, ficar numa casa rodeado de belas pessoas, piscina, festas e ainda de cara concorrer à vários prêmios? Enfim, esse não é o ponto principal da discussão.

Depois de 64 dias, o povo coroa Kléber Bam Bam como o vencedor, e o BBB vira mania nacional.
Seu apresentador, o jornalista crítico e inteligente, Pedro Bial afirmou ao término da 1ª edição: "A TV nunca mais será a mesma!" E realmente não foi.

Já se passaram 8 anos desde então, e o programa só tende a crescer. O prêmio para o vencedor dobrou, agora o vencedor leva 1 milhão pra casa. A audiência e o número de votos populares nos paredões só crescem.

Qual seria o segredo do sucesso? Levar ao povo brasileiro situações reais como conflitos de interesses, discussões de baixo nível, namoro e etc. Mas isso não seria uma novela? Não deixa de ser, mas sem roteiro (há controvérsias). E é isso que prende a atenção do povo brasileiro, levar um pouco de cultura e informação à nossa sofrida população parece que será sempre em vão. Mas uma coisa é inegável, a Rede Globo consegue prender e desviar a atenção do público durante cerca de 1 hora de programa para a vida de pessoas desconhecidas que, após 3 meses ninguém se lembra mais. É instigante ou não é?

Semana que vem se encerra o programa e todos já começam a contagem regressiva para a 9ª edição do maior sucesso da televisão brasileira.
Mal posso esperar pelo final do Reality Show, até porque a manipulação deu resultado não é mesmo?

Por Leandro Nossa

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